terça-feira, 13 de outubro de 2009

O amor é o calor?

Minha revista Elle chegou hoje. A capa dá a manchete: Hits do Verão. Tudo que a Elle ama e você vai usar já! O dia foi quente, fui até de bermuda para a faculdade. Reparei como minha perna está branca. Passei duas horas dentro de uma loja carioca num shopping daqui de Floripa olhando estampas e mais estampas, tecidos e cores que me remetiam a uma só lembrança: o Verão. Entrei no carro depois das compras e deu até pra sentir aquele ar quente logo que abri a porta. Sinal de que o tal Verão já está aparecendo por aí. Ainda espero ir à balada sem casaco. Nao gastar três reais no guarda-volume, afinal, é Verão. Não vou sentir frio às 5h ou 6h da manhã. Dar adeus ao incômodo do sobrepeso. Dar as boas-vindas às palavras-chave da estação: forno, sol, cor, sorvete, praia, bronzeador (e por aí vai).

E de pontuações breves e bem pausadas deram-se início às palavras de ordem do dia (as quais devo escrever aqui?) e à pontinha do sol que me esquenta um pouco mais.

Não sei se eu gosto do verão. Mas tenho boas lembranças. Minha vida começou no verão, os dias no verão são mais intensos, pró-ativos. Minhas férias, meus amigos, as pessoas que a gente conhece no 'calor do momento' e às vezes nunca mais vê na vida. Aqueles tantos sorrisos, cantadas pobres ou risadas desumanas de quem acabou de tomar um despreocupante banho de chuva - afinal, é verão.

Acho que estou ansioso pra este verão. Meus dezoito anos farão dele um tantinho mais aproveitável do que o do ano passado. Quiçá eu adquira mais responsabilidade - obrigatoriamente e contra minha vontade -, ou o alcool nem esteja tão abstido dentro de mim.

Tanto faz, pouco importa. O que mais espero do verão são seus amores. Meus amores. Intensos, vorazes, fugazes, propensos ao rápido fim. Dissipam-se na rapidez um relampago, têm suas lembranças por toda uma vida. Esperar dos amores um contínuo amor com A maiúsculo que comprove continuidade e amor-amado? Ah, fico na esperança. Desejo do improvável, maciço sentimento o qual enlaça o mormasso. Fissura do sorriso que disfarça o desejo, almejo tal sensatez que perdure após às sombras. Que se suponham e oponham ao sentido, que sinta o que sinto, em igual fluxo, para que se unam até o começar do outono. E depois dele também.

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