sexta-feira, 25 de junho de 2010

primeiro andar. do verbo andar. - parte II

de repente senti saudade.
saudade de escrever errado, de poder escrever errado sabendo que ninguém iria questionar quaisquer deslizes.
saudade daqui, de você e de mim.
de repente me perdi em vias que me diziam para seguir, procurei as placas de pare, mas todos os semáforos estavam me mandando continuar. será que fui longe demais? por que perdi todos os retornos?
então, assim, deste jeito de mansinho, calado e falando aos pouquinhos, que decido rebobinar.
não sei se foi acidente ou o que me fez parar.
talvez tenha sido alguém, ou a falta de. ou não.
mas na próxima freeway há um posto de informações. não é 24h; mas, com sorte, ele estará aberto e alguém vai me dizer pr'onde ir.

ai. cansei de acelerar sozinho.
e, de repente, senti saudade de aprender a andar.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

post temporario de forma atemporal.

toda vez que houver duvida, dê o primeiro andar para que o novo não seja sempre o igual. e por tornar tantas variáveis uma linha fina e retilínea, acabara por descobrir um certo alguém. um alguem que, de tão certo, te fez errar.
um certo alguem que foi melhor não resistir. chorar e rir daquela paixão abrupta que abriu teu coração e encheu de mim. e se encheu de mim. brigas por eu querer te assistir demais.
e por que a cada suspiro meu, você não tentou chegar mais perto?
e por que a cada movimento meu, você não andou com teus passos mais juntos dos meus?
e por que a cada passo que eu dei, voce nao brincou qualquer brincadeira que me provasse teu amor?
eu via que voce pertencia a mim. mas hoje meu coração dói a cada passo teu, a cada sorriso teu, a cada palavra não dita e a cada insulto falho de sussurras.
hoje eu vejo que não era amor.
hoje eu vejo que sequer era paixão.
hoje eu vejo que não era teu sorriso.
hoje eu vejo que voce não era nada do que eu pensava.
agora, depois te tudo o que eu fiz, vejo que voce é muito mais do que isso.
e, por mais que voce não acredite, tudo o que eu falei a voce hoje foi a maior prova de amor que ja fiz a alguem.
porque hoje eu vejo que voce é o amor da minha vida, por mais que eu odeie saber disso.
e porque hoje dou uma facada em meu peito, para sofrer agora com a dor do silencio, com a dor da perda de quem apunhala por amor e morre por este. porque, de todos, foi você. porque o destino foi cruel, porque nao consegui mais ficar sem. porque o vício só aumentava. porque o amor só crescia. porque meu portugues se perdia, a ousadia redimia-se e o teu cheiro parecia cada vez mais longe, somente em versos de uma poesia incomum.
e, finalmente, acabo com minha vida para que todos então saibam que, embora tão cedo, morrerei por amar demais.

...mas mesmo de longe, agora não tão Meu, mas ainda Pequeno-grande-amor, eu sempre estarei assistindo você. e deixando o sting cantar de longe a quote mais atemporal de minha vida: I'll be watching you.

O ano ja está quase acabando, né, gente?

Como fazer um balanço do ano que passou se, de tantas coisas, acabarei por me esquecer de diversas coisas que, de fato, foram deveras importantes?
Dois mil e nove ja se fora ha duas semanas, e já nessas duas semanas minha vida parece ter percorrido anos-luz ao invés de quinze dias.
Essa inclusão digital... Maldita? Ah, não importa. O certo é que daqui a pouco 3 minutos vai ser muito pra Miojo, da Terra à Lua serão somente alguns segundos, metrô vai demorar uma eternidade e bicicleta será a jato.
Enquanto isso, no lustre do castelo, é quase 2011... E eu continuo devagar, ainda achando que o meu devagar ja é rápido demais.