segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Exagerado

[...] e é quem tem uma palavra sob medida
quando estes mesmos olhos
estão amplificando tristeza interior.

Demarcado por descompassadas melodias, ele ouve as músicas do século passado com o mesmo entusiasmo de um lançamento amplificado nas paradas de sucesso. A morte tarda - ou não. A vida custa, e cursa em dilemas, poemas com morfemas cheios de vocábulos incomuns.
E aquela velha e farsante historia de que a lua ilumina? É o sol quem aquece.

O sol é o mesmo, tanto a mim quanto a ele.
Correções módicas, insólita sabedoria de quem vive cá e lá.
Porquanto não sabera, desconheceu toda uma vida a qual chamei de minha.
Enquanto não me viveu, desvairou-se à procura, sem procurar precedentes.
E então achou. Achou-me e achei.
Aquilo que nunca se procurou, mas sempre quis ter.
Aquele o qual, tal qual sobrevive ao sudeste torrencial, deleita-se entre concursos anuais de quão parecido é ao que nunca soube quem era.

E ele é o sol. Que vem de longe, sul abaixo. Que sobe a serra, pico acima.
E ele sou eu.

Um comentário:

  1. Exagerado, jogado aos teus pés *-*

    todo exagero prevê uma avalanche de idéias

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